Peregrinos

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Série Peregrinos: Charles Finney


Nascido no ano de 1792, na cidade norte-americana de Connecticute,
na Nova Inglaterra, Charles Finney teve o privilégio de ser educado numa
família tradicionalmente puritana. Quando ele tinha dois anos de idade,
seus pais resolveram transferir-se para Nova Iorque. Aos vinte anos,
retornou à Nova
Inglaterra a fim de cursar a Escola Superior. Enquanto prosseguia
nos estudos, pôs-se a lecionar em escolas públicas. Nessa época, já se
havia especializado em latim, grego e hebraico.
Em 1918, começou a estudar Direito nos escritórios de Squire Wright,
de Adams, em Nova Iorque.
Quanto à vida espiritual, seu progresso era quase nulo. Os sermões
que ouvia, achava-os monótonos e sem nenhum atrativo. Sua mente lógica
e agudíssima exigia algo mais consistente. Foi por essa época, que ele
começou a estudar as Sagradas Escrituras. De início, mostrou-se cético.
Mas com o passar dos tempos, não pôde mais resistir: a Bíblia é de fato a
inspirada, infalível e inerrante Palavra de Deus.
O que lhe faltava senão aceitar a Cristo? Deixemos que ele mesmo
fale de sua experiência de salvação: "Num sábado à noite, no outono de
1821, tomei a firme resolução de resolver de vez a questão da salvação de
minha alma e ter paz com Deus".
Finney, porém, não se conformava. Queria mais de Cristo. Sua fome
pelo Senhor era insaciável. Foi assim, buscando incessantemente a Deus,
que veio ele a ser batizado no Espírito Santo. Que o próprio Finney narre
como se deu sua experiência pentecostal:
"Ao entrar e fechar a porta atrás de mim, parecia-me ter encontrado o
Senhor Jesus Cristo face a face. Não me entrou na mente, na ocasião, nem
por algum tempo depois, que era apenas uma concepção mental. Ao
contrário, parecia-me que eu o encontrara como encontro qualquer pessoa.
Ele não disse coisa alguma, mas olhou para mim de tal forma, que fiquei
quebrantado e prostrado aos seus pés. Isso, para mim, foi uma experiência
extraordinária, porque parecia-me uma realidade, como se Ele mesmo
ficasse em pé perante mim, e eu me prostrasse aos seus pés e lhe
derramasse a minha alma. Chorei alto e fiz tanta confissão quanto possível,
entre soluços. Parecia-me que lavava os seus pés com as minhas lágrimas;
contudo, sem sentir ter tocado na sua pessoa.
"Ao virar-me para me sentar, recebi o poderoso batismo com o
Espírito Santo. Sem o esperar, sem mesmo saber que havia tal para mim, o
Espírito Santo desceu de tal maneira, que parecia encher-me o corpo e a
alma. Senti-o como uma onda elétrica que me traspassava repetidamente.
De fato, parecia-me como ondas de amor liqüefeito; porque não sei outra
maneira de descrever isso. Parecia o próprio fôlego de Deus.
"Não existem palavras para descrever o maravilhoso amor derramado
no meu coração. Chorei de tanto gozo e amor que senti; acho melhor dizer
que exprimi, chorando em alta voz, as inundações indizíveis do meu
coração. As ondas passaram sobre mim, uma após outra, até eu clamar:
'Morrerei, se estas ondas continuarem a passar sobre mim! Senhor, não
suporto mais!' Contudo, não receava a morte.
"Quando acordei, de manhã, a luz do sol penetrava no quarto.
Faltam-me palavras para exprimir os meus sentimentos ao ver a luz do sol.
No mesmo instante, o batismo do dia anterior voltou sobre mim. Ajoelheime
ao lado da cama e chorei pelo gozo que sentia. Passei muito tempo sem
poder fazer coisa alguma senão derramar a alma perante Deus".

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